terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A múmia estrebuchou

Cavaco resolveu partilhar com o mundo a sua atividade das quintas-feiras enquanto foi PR. Se alguém estava à espera de um balanço da sua presidência, um resumo do passado político do seu mandato em Belém, uma reflexão sobre o país, saiu, como sempre, enganado.
A mesquinhez do homem leva sempre a melhor, mesmo enquanto chefe de Estado, mais agora. Vingativo, pequenino, Cavaco dedicou-se ao revanchismo. Toda a gente se lembra da célebre novela das escutas em Belém...
O cargo de chefe de Estado perdeu com Cavaco o respeito que a todos merece. Como ex-chefe de Estado revelar conversas que a tradição sempre manteve reservadas, quebra uma regra de confiança institucional, e prova mais uma vez que Cavaco nunca foi um homem de Estado. As conversas de quinta-feira foram entre o Presidente e o Primeiro-ministro, não entre Cavaco e Sócrates.
Cavaco sempre pôs o homem à frente do cargo e os seus interesses à frente dos do país, e dedicando-se à vingança pessoal e à inconfidência, Cavaco revela o que sempre foi. Uma múmia cacique, arrogante e alcoviteira.
O seu testamento político será a de um chefe de Estado pequenino, que quis reduzir o país ao seu tamanho.
Espera-se agora que revele o que fez nos outros dias da semana. Pode ser que traga alguma revelação sobre os seus amigalhaços Duarte Lima, Dias Loureiro, João Rendeiro, Oliveira e Costa. Ou sobre as ações da SLN, ou sobre o BPN, ou então sobre o negócio do Pavilhão Atlântico ou ainda sobre a Quinta da Coelha. Sobre isso nunca falará...

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