segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Ladrões de bancos

A Comissária Europeia da Concorrência Margrethe Vestagen admitiu que a venda do Banif estava a ser adiada de propósito e o FMI admite que a dívida portuguesa devia ter sido reestruturada.
António Costa deu a cara pelo último recurso que restava ao Estado após três anos em que a coligação mentiu, ocultou e empurrou com a barriga o problema do Banco do PSD do Funchal.
Cavaco e Carlos Costa foram coniventes e também por isso deveriam ser responsabilizados por mais um crime de lesa pátria. Aliás, Cavaco tem vocação pura para aldrabar o povo no que toca a assuntos relacionados com bancos. Mais uma vez os contribuintes serão chamados a pagar as apostas de casino a que a banca se foi habituando sob o 'manto protetor' do Estado. Uma banca privada que conta com o conforto de ter sempre no Estado o último garante. Pode ser que comece finalmente a discutir-se que papel deve ter o Estado como regulador, uma vez que os privados nunca assumem as suas responsabilidades por má gestão, assim como todo o sistema bancário que nacionaliza o risco e as perdas e privatiza o lucro.
Brincar aos bancos é fácil se houver sempre a certeza que no fim os Estados e os contribuintes pagam a brincadeira. É essa a verdadeira mão invisível do mercado e da banca desregulados. Começou com o BPN, a seguir veio a crise internacional e da dívida soberana dos Estados, e continuam com o regabofe de brincar ao capitalismo.
Já sabemos agora (já desconfiava) quem andou a martelar e a esconder números em nome do eleitoralismo. Resta saber se desta vez e por fim alguém será responsabilizado a sério... porque a justiça é para todos e não só para alguns... Passos e Portas deviam sentar o rabo no banco, mas do tribunal...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Descobertas de fim de ano

Lentamente lá se vai descobrindo o que a coligação andou a fazer em tempos de campanha e de gestão. Descobriu-se que afinal a devolução da sobretaxa do IRS que em tempos de campanha eleitoral era de 35% e agora é 0%. Lá se vai descobrindo que os cofres estão vazios, que foi gasto um terço da almofada financeira só em Novembro. Que a dívida não pára de aumentar, que o défice não vai ser cumprido, que a economia estagnou e que os problemas dos portugueses continuam por resolver. E a direita trauliteira que povoa a nova AR ainda não se deu conta que enquanto continuar com o discurso da ilegitimidade, enquanto tiver Portas e Passos na bancada, só dá trunfos ao PCP e ao Bloco para aguentarem o governo PS.