sábado, 20 de dezembro de 2014

Requisição civil vital para o Estado




A requisição civil no tempo de Guterres, ou seja há 17 anos, foi justificada com os mesmos argumentos. A diferença é que a TAP não ia ser vendida. Se calhar os fundamentos da época eram justificáveis...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Coincidências, curiosidades e esperanças


O M.P. arquivou o processo dos submarinos no mesmo dia em que a TVI divulga os ficheiros áudio das reuniões do BES e em que se fala abertamente de recebimento de luvas e contrapartidas milionárias. Coincidência. Só na Alemanha é que está tudo preso...

O governo faz uso da CRP e anuncia uma requisição civil para a greve da TAP. A Constituição de vez em quando dá jeito. Curioso.

Espero que António Costa se decida de vez por um PS com a sua matriz ideológica centrada no individuo, na igualdade e na intervenção do Estado na economia e na sociedade. À esquerda portanto, como anunciado em congresso.

Os EUA vão encetar relações diplomáticas com Cuba e acabar com o embargo que dura há mais de 50 anos. Caiu o muro, espero que a seguir caia a prisão de Guantánamo onde se aplica a tortura e com ela o regime ditatorial cubano.

Por esmagadora maioria, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução a favor do reconhecimento do novo Estado da Palestina, com base nas fronteiras de 1967 e com capital em Jerusalém. Espero que os EUA, a ONU e os tribunais obriguem o Estado de Israel a destruir o muro que ergueram e os colonatos que impuseram, e depois julguem os criminosos de guerra que todos os dias assassinam mulheres e crianças como vimos há bem pouco tempo.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

TAP - Tudo A Perder

O memorando da troika previa ou não previa a privatização da TAP? Não quero saber. O memorando, com mais ou menos alterações já não está em vigor! Carga ao mar e TAP vendida para equilibrar contas. O défice e a dívida que teimam em não baixar por mais cortes a eito que façam. Malditas contas! Que não batem certo com o programa de austeridade. Nada como vender mais uma empresa estratégica em Portugal. Já só falta a CGD, a RTP, o Banco de Portugal e as Águas e depois, porque não, a floresta e o próprio país. Quando o Estado quiser intervir para pôr um travão nos Salgados donos disto tudo, não vai poder. Porque manda quem pode e o Estado cada vez pode menos. Os donos disto tudo que não declaram ao fisco 14 milhões de euros e continuam em liberdade. Que vão às comissões para-lamentar dizer que não sabiam de nada. Que são o escroque maior da sociedade portuguesa. Que vivem à custa dos mexilhões disto tudo.
A seguir a Justiça, a Educação e a Saúde que já deram passos importantes nesse sentido. Foi nesta legislatura que se pôs em causa pela primeira vez o serviço público, a educação e a saúde tendencialmente gratuita. Não foi à toa todo o confronto com o TC que Passos já preparava ainda na oposição.
Também não quero saber se a maioria dos países da UE abdicaram da sua companhia aérea de 'bandeira'. Quero saber de um país periférico e cada vez mais pobre que vai abdicar de um activo fundamental e estratégico em nome de uma propaganda ideológica e teimosa. Um activo que representa a maior fatia no domínio das exportações.
E depois vem a greve. A greve que segundo o governo só seria admissível no Carnaval, e não no momento em que se anuncia a privatização e só quando não tivesse efeito nenhum. A não ser para os próprios trabalhadores. Aí talvez a greve fosse admissível para quem vê na greve um entrave ilegítimo. Provavelmente porque é um direito constitucional.
Depois, atiram-nos com números. Aqueles números que gostam de martelar. Anunciam os prejuízos para o turismo nacional tentando virar os portugueses contra a greve anunciada.
Mas quanto perderá o turismo nacional quando os novos donos da TAP decidirem que há prioridades mais interessantes ou escalas mais vantajosas do que os aeroportos nacionais? Ou quando decidirem que os vôos para a diáspora emigrante não dá o lucro necessário?
Pobre país pobre...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Quem se fode é o mexilhão

O mexilhão resiste onda após onda. Por muito que lhe digam que é o seguinte a ser comido, ele sabe que já foi 'comido' há muito tempo. A panela é um alívio. Onda sobre onda. Mas o mexilhão não resiste, não pode resistir, a quem lhe diz que é uma espécie protegida. Se assim fosse, tirava-o da rocha e livrava-o da panela. Mas não pode resistir a quem cria um tsunami de ondas que embatem violentamente na rocha sobre o mexilhão. Que continua na rocha. Pelo menos não está sozinho. Há cada vez mais mexilhão. Os 7 anéis do inferno de Dante estão agora sobrelotados. O custo do empobrecimento muito para lá da rocha e custe o que custar.
Dizem que os donos disto tudo já não existem. Mas também ninguém pode ser dono de nada, quando não existe nada que se possa dominar. A não ser do mexilhão. Que é cada vez mais. E como é cada vez mais, mais barato se torna. É o empobrecimento do mexilhão, que já não se lixa como era costume. Agora fode-se por todos os lados. Até os importadores de mexilhão enjoarem uma iguaria que agora se tornou banal. Um bom sítio para passar férias. Na apanha do camarão dourado.
O dono da frota continua sereno, na sua 'governance' de audiências reservadas. Pena é que não existam as tais escutas inventadas em plena campanha eleitoral, numa diatribe de Nixon a fazer de puta.
Venham os feriados do 5 de Outubro e de 1 de Dezembro. Porque aqui não há República nem Independência. Aqui quem se fode é o mexilhão!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O jornaleiro


A revista Visão e o semanário Sol do arquitecto Saraiva estão por estes dias em tântrico movimento orgásmico com as parangonas em redor de Sócrates. Esta semana a Visão avança com a 'notícia'? em que dá conta de que Sócrates e o amigo financiaram a campanha para as primárias do PS de António Costa. Sócrates terá dado 2 mil euros e o amigo 10 mil euros. O ataque não é a Sócrates, está bom de ver. O ataque é a Costa. Que terá usado dinheiro alegadamente ilegal. É o jornalismo a fazer política parcial. 
No entanto não me lembro de ver nenhuma manchete como a que aqui se reproduz por parte desses meios de comunicação social.


Família Espírito Santo foi a principal financiadora da campanha de Cavaco em 2006

A família Espírito Santo terá dado um valor global na ordem dos 75 mil euros... Para bom entendedor...

P.S. - Hoje tive duas excelentes notícias. A primeira refere-se ao regresso do 'meu' saudoso Sinclair ZX Spectrum, com os jogos da minha infância e pré-adolescência. A outra diz respeito à saída de cena de João Jardim marcada para 12 de Janeiro... Aguardo ansioso...