quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A FIFA no seu melhor

Será só impressão minha ou Blatter estava, em plena universidade de Oxford, alcoolicamente bem disposto, inebriado pela sua própria representação, resumindo, completamente bêbado...
Ronaldos à parte, não fora a forma injusta e ridícula como o distingue de Messi para justificar a sua preferência, o vídeo é hilariante, e bem podia ter acontecido à saída de um qualquer bar...



sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A alternativa impõe-se

Uma constipação, por mais ligeira que seja, deixa-me sempre incapacitado, e sobretudo irritado por me sentir incapacitado, e assim por diante numa espiral recessiva e viciosa. A minha mulher costuma dizer-me que se tivesse que parir não tinha filhos. Tem razão. Mas não há nada a fazer. Tirei o dia de quarta-feira para curar toda uma ressaca de ranho e de nojo. Não contente, resolvi assistir em directo ao debate quinzenal com o primeiro Ministro na AR. Enquanto assoava o nariz de 2 em 2 minutos, montando inadvertidamente um castelo de lenços virulentos, registei algo irritado e amiúde as desconcertantes e confrangedoras intervenções de Seguro. Obviamente que se discutia o Orçamento de Estado para 2014. O maior atentado aos cidadãos portugueses de que há memória impunha uma oposição determinada e sobretudo consistente. Mantendo o 'brutal' aumento de impostos feito em 2013 o Orçamento para 2014 acrescenta ainda o aumento de imposto para veículos a gasóleo e no IMI. Mas principalmente o que está em questão são os cortes em salários e pensões. Desta vez a partir de uns inimagináveis 600 euros. Sempre aos funcionários públicos e aos pensionistas. Onde é mais fácil. Quando o TC chumbar algumas destas medidas, e não vale a pena hostilizar o TC, porque assim vai acontecer, outra vez, o plano 'B' do governo será o aumento de impostos. Até ao momento o governo tenta vender o 'brutal' corte na despesa. Posto como inevitável, esquecem até que um dos principais responsáveis pelos chumbos do TC até é, imagine-se, o próprio PR. Sim, Cavaco, tem alimentado consistentemente as dúvidas que envia a posteriori para o TC. O único erro é não o fazer numa fase preventiva.
Mas voltando ao debate, Seguro bem tentou fazer de forma directa e limitativa, perguntas de uma só resposta, a que Passos Coelho respondeu conforme quis, tendo até a veleidade de afirmar que a reforma do Estado começou há dois anos e meio, distinguindo de forma abusiva reforma e guião, aquele que Portas terá em mãos indefinidamente e irrevogavelmente. Atreveu-se ainda, de forma descontraída e totalmente despudorada a fazer alusões e acusações ao governo anterior, sem que Seguro, pouco seguro e confortável, receando o nome que estava por detrás, tivesse o ânimo de o confrontar com o chumbo de lesa-pátria e falacioso do PEC IV, sem o confrontar com as promessas demagógicas e de má-fé que se sucederam à consequente queda do governo de Sócrates. Passos Coelho chegou a afirmar que não sabia o que sucederia a Portugal num futuro próximo, menosprezando um possível programa cautelar, que como não quer explicar, mantém a aplicação das mesmas medidas de austeridade, apenas com a ajuda 'assistida' da tão ansiada ida ao mercado. À pergunta de Seguro sobre o falhanço do défice, o primeiro Ministro ardilosamente referiu-se ao défice primário, ignorando o que estava em questão, e que são as metas do défice orçamental. Seguro deixou que assim ficasse e manteve a sua linha de ataque pessoalizado, sem fundo e vulgar, num discurso martelado como se tivesse sido memorizado. As respostas e perguntas memorizadas de Seguro não tiveram assim margem de manobra e golpe de cintura para contornar a estratégia de contra-ataque de Passos Coelho. A prova disso é que ao desafio de Passos para que a oposição nomeasse algumas medidas alternativas, Seguro refugiou-se e remeteu para um alegado documento que já teria enviado ao primeiro Ministro. Passos ripostou de imediato dizendo que não o conhecia e que nunca lhe foi entregue, e que as medidas que conhecia só aumentavam despesa. A resposta óbvia de quem não quer discutir coisa nenhuma. O problema foi que Seguro não nomeou uma única medida alternativa, nem desmentiu a teoria. Para quem não as conhece, fica com a dúvida de que assim será. Pelo menos a descida do IVA na restauração era óbvia, a tal que Pires de Lima e Portas não conseguiram aplicar por suposta imposição da troika, e que se sabe ser uma falácia imposta por Maria Luís Albuquerque.
Após tanto ranho, percebi porque é que o PS não tem maioria nas sondagens, assistindo-se até à quebra de intenção de voto. É porque o país não vê em Seguro uma alternativa.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Parceria estratégica? Com quem?

O governo de Angola é muito mal agradecido. Então não é que ao pedido de desculpas de Machete respondem com o fim da parceria estratégica com Portugal? Pois sim senhor ministro Rui Machete. É costume dizer-se em bom português 'quanto mais te baixas, mais se te vê o cu'...
Bem sei, que o dinheirinho angolano, assim como o chinês faz muita falta. Mas a que preço? Provavelmente ao preço de um BPN...
Quem é que no seu perfeito juízo, ainda para mais com as responsabilidades de um ministro dos Negócios Estrangeiros, tem a veleidade e a ligeireza de pedir desculpas a Angola porque os tribunais do seu país (Portugal) estão a funcionar? Porque há razões para desconfiar que altos quadros angolanos andam a lavar dinheiro em Portugal, diga-se de uma vez por todas, alto e bom som. Vou pôr a negrito para se perceber melhor.
Portugal não faz questão de lavar dinheiro sujo de Angola, assente na escravatura, violação de direitos humanos e numa ditadura muito bem paga com petróleo e diamantes de sangue!!!
Em que o as cúpulas do poder são milionárias, e o povo não tem estradas, saúde nem educação. Já nem sequer falo em rede de saneamento básico, comida e janelas nas casas (sim, a população mais pobre vive em prédios/casas em ruínas e sem janelas). País onde cada vez que chove mais que o previsto morrem centenas de pessoas afogadas e arrastadas pela enxurrada de lixo e de lama.
Ñão! Não queremos o vosso dinheiro e não queremos parceria nenhuma com um país assim, e principalmente com as pessoas que o governam!
Quanto ao senhor ministro, houve quem se demitisse por bem menos, mas já sabemos como anda a moral e a integridade deste governo. Simplesmente não existe...

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

CHEGA!

Após ouvir Passos Coelho congratulo-me com o facto de a RTP ter abdicado de transmitir a entrevista em plena campanha eleitoral para as eleições autárquicas. Passo a explicar. É que o formato do programa permitiu ao primeiro Ministro fugir a quase todas as questões, dando até a imagem de alguma empatia com o público, e abdicando de qualquer comentário quando confrontado com as suas próprias incongruências, nomeadamente no que concerne ás falsas promessas que o levaram ao poder. Deu até para Passos Coelho se arvorar em salvador da pátria, dizendo que se a sua missão falhar, falha o país. Como se o país se resumisse nele. O tom paternalista do líder que responde aos súbditos sem direito a contraponto favorecem a dimensão demagógica de quem diz aquilo que quer dizer.
Resumindo, o programa é interessante, mas não serve para confrontar o primeiro Ministro com a real repercussão da sua política de terra queimada. Serviu ainda assim para o ouvirmos dizer quase entrelinhas que haverá um segundo orçamento rectificativo e que o empobrecimento dos portugueses é para continuar. A sério? E a classe média é que paga? A sério? E a banca? E a Madeira e os b(r)oches? Por falar nisso, há um novo mito urbano que diz que os alemães pagam as dívidas dos outros e tal e tal. Os alemães não pagam nada! Emprestam dinheiro, que lhes será devolvido com juros, e aproveitam a austeridade que impõem e defendem para se financiar a custo zero e até com juros negativos!!!
Assim, nesta esteira, ninguém confrontou Passos Coelho, com os cortes de pensões e salários, que sinceramente, já nem sei onde são e qual a sua dimensão. Mais de 600 euros, 10%, 5%, líquido, bruto, de sobrevivência, de viuvez, salários ou reformas. O guião que Portas prepara há 7 meses e que nunca sairá das 3 páginas escritas do seu bloco de notas vai agora ser aplicado no próximo Orçamento, e que cujos contornos só serão conhecidos na totalidade para a semana. Entretanto, as notícias vão saindo a conta-gotas sem qualquer explicação razoável e sem se saber ao certo as suas implicações e motivações. Num estrebucho de abano de consciências tentam tapar-nos os olhos com o corte de 15% nas subvenções vitalícias de ex-políticos. A título de exemplo, para quem recebe 600 euros e sofre um corte de 60 euros faz mossa. Para quem recebe 5000 euros e sofre um corte de 750 euros  fica com uns míseros 4250 euros para 'sobreviver'. Depois temos, as inconstitucionalidades do costume, carreiras e descontos contributivos, sobrevivência, pensões e desigualdades.
Assim sendo, e enquanto esperamos pelos cortes nas valências dos tribunais do interior, aguardam-se com expectativa o fecho de estações dos CTT com a sua privatização e o fecho de repartições de finanças. Aproveito para informar que a medida de encerrar repartições de finanças consta do memorando assinado com a troika que prevê um corte de 50%. Mas a forma como se aplica é da responsabilidade do governo. Assim, encerrarão 3 repartições de finanças na área metropolitana de Lisboa e 70% no distrito de Vila Real. Igualdade, proporcionalidade, descentralização e desconcentração. Muito obrigado... Mais uma vez lamento que as novas medidas não fossem conhecidas antes das eleições autárquicas. Já sei que nas autárquicas se vota nas pessoas e no poder local, mas se não houvesse repercussão nacional, o PSD não teria a pior votação de sempre em eleições autárquicas e o PS não teria a melhor de sempre. Facto.
Aproxima-se o dia da manifestação na ponte 25 de Abril, e se chegar a efectivar-se pondero estar presente e apelarei à DESOBEDIÊNCIA CIVIL!!! É um direito previsto na Constituição! Estou disposto a discutir a sua aplicação em tribunal como arguido...

sábado, 5 de outubro de 2013

Machete

Rui Machete, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, é, em poucas semanas o novo 'Relvas' do governo. Após a mentira sobre as ações que detinha no BPN e na SLN, que não deu queixa crime porque a maioria parlamentar assim não quis, veio agora, num ato perfeitamente provinciano, pedir desculpa ao governo de Angola por causa de alegadas investigações a altos dirigentes daquele país africano.
Se pedir desculpa porque os nossos meios de investigação e os nossos tribunais funcionam, para todos, sejam eles quem forem, já era suficientemente grave, mais grave se torna a violação de vários princípios (constitucionais como não podia deixar de ser), entre eles o da separação de poderes, que como se sabe, é coisa que os angolanos não conhecem. A ditadura encapotada que rege Angola, resolveu lavar o seu dinheiro em Portugal. Em nome do investimento e do provincianismo tacanho, alicerçado no pedantismo, o governo português permite tudo, desde que caiam uns trocos a favor da redução do défice, e ainda que isso signifique vender o país a estrangeiros cujos valores assentam no respeito pelos direitos humanos e democráticos, como sejam a China e Angola. É por isso normal que num país nivelado pela mediocridade, angolanos e chineses, pensem que podem fazer como nos seus países, em que impera a corrupção e a desigualdade, e em que a liberdade de expressão e de imprensa simplesmente não existem e a justiça só é aplicável a quem tente contrariar o status quo. Aliás, neste momento a política que este governo prossegue e persegue já esteve mais longe de conseguir equiparar Portugal ao que de melhor se faz nos países nossos 'amigos investidores'. A memória é curta entre nós, mas lembro-me dos rios de tinta que correram com o 'escândalo' da venda de computadores à Venezuela (computadores! e não empresas).
Machete, é uma marioneta nas mãos de rapazolas insensíveis à pátria e aos valores do primado da lei e da constituição. É um oportunista, que depois de reformado, quer a todo o custo, pôr mais uma medalha ao peito. A medalha vai assentar-lhe mal no fato. É uma medalha verde e viscosa, vinda da expectoração mais nojenta que a política portuguesa cuspiu após o 25 de Abril...
Fazia falta o verdadeiro Machete para aliviar e esventrar toda a porcaria...

P.S.- Hoje é dia 5 de Outubro, mas como não houve bandeira hasteada ao contrário, e nem sequer é feriado, deixou de ser notícia. Assim vai a República...

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Não foi V. Exa. que disse?...

Cavaco veio acusar políticos e comentadores de serem masoquistas quando se referem à insustentabilidade da dívida... mas espere Sr. Presidente! Não foi V. Exa. que disse o mesmo na mensagem de Ano Novo???

A ver a partir dos 2m50s...


Será Cavaco agora sádico?